Exposição comemorativa do artista apresenta 30 obras produzidas ao longo de sua trajetória.
Freqüentou os ateliês de Victor Vasarely e Sergio Camargo, dois de seus grandes influenciadores.
Sua carreira inclui, dentre várias exposições, quatro individuais em Paris; uma em Buenos Aires; quatro em Madrid; uma em Miami; uma em Bolonha e uma em Londres.
O museu MACBA, em Buenos Aires, possui dois relevos do artista em seu acervo.
São Paulo, setembro de 2019 – Em 1967, há exatos 52 anos, o artista plástico João Carlos Galvão começou no mundo das artes participando da 9ª Bienal Internacional de São Paulo. No ano seguinte, 1968, participou da 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, de Salvador. Um ano depois, cruzou o oceano e levou suas obras para a Galerie de la Cité Universitaire, em Paris, participando da Exposition des artistes étrangers. Desde então, não parou mais. Já expôs no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no Salão Nacional de Arte, de Belo Horizonte, na Galeria Denise René, também em Paris, na Galeria Del Parque Reducto, em Lima, no Peru, no Museu Civico di Castelnuovo, em Napoli, Itália, no De Geometrie van MADI, Gorinchem, Holanda, na Építészet és Müvészet – Kéves Studio Galeria, Budapeste, Hungria, no Groupe Constructivisme, Rehau, Alemanha, na PINTA – Espace Meyer Zafra – Nova York. O currículo é extenso. No Rio de Janeiro, realizou inúmeras exposições, dentre elas, sete individuais na Galeria Marcia Barrozo do Amaral e duas exposições no início da década de 70, na já extinta Bonino.
Em São Paulo, não expõe desde 2008, quando realizou uma individual na Dan Galeria.
Galvão, como é conhecido, nasceu no Rio de Janeiro em 1941 e começou seus primeiros estudos em pintura em 1951. Cursou a Escola Nacionalde Belas Artes da Universidade do Brasil entre 1964 e 1966.
Em Paris, onde morou, cursou sociologia da arte com Jean Cassou, na Sorbonne e vivenciou uma rica experiência: ganhou uma bolsa do governo francês para estudar arte e já no primeiro ano em terras francesas, estagiou com Vasarely. No ano seguinte, foi assistente de Sergio Camargo em seu ateliê. Foi nessa época que conheceu Jesus Rafael Soto, Julio Lê Parc e Cruz Diez e todo o grupo de pesquisas visuais, incluindo o artista Jean Paul Yvaral. “Não posso negar a forte influência que tive e ainda tenho da escultora russa-americana Loise Nevelson”, revela Galvão.
Agora, 50 anos depois, uma exposição comemorativa do artista apresenta 30 obras produzidas ao longo de sua carreira. Organizada pelos curadores Natasha Szaniecki (da AVA Art) e Claudio Steiner (da Steinart), Galvão – 50 anos de carreira – Cores, pode ser vista de 18/10 a 02/11, na Galeria B_arco. “Galvão é um artista à frente do seu tempo. Suas obras possuem cor, textura, movimento, diz Steiner. “Há hoje no Brasil uma tendência atuante da cena artística contemporânea e o Galvão vai de encontro à esse movimento. É uma alegria expor os 50 anos de carreira de um artista tão respeitável e qualificado.
“Depois de tanto tempo, voltar a São Paulo é uma enorme alegria. É uma satisfação comemorar os 50 anos da minha carreira e poder mostrar um pouco das minhas obras em terras paulistanas”, diz Galvão.
SERVIÇO:
Abertura: 19/10 das 11h às 15h
Exposição: De 18 de outubro a 2 de novembro de 2019
Visitação aberta ao público até 2 de novembro
De segunda a sexta das 10h às 19h
Sábado das 11h às 17h
End: Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 422
Tel : (11) 3081-6986