Kity Féo profissional de cinema e seriados fala em entrevista sobre “Cinema Invisível” curso que vai ministrar ao lado de Marcela Lordy no b_arco, entre 6 e 7 de dezembro.
“Cinema Invisível é uma metáfora que uso para chamar o trabalho do Assistente de Direção. Função que você não vê diretamente na tela, ao sentar em uma sala de cinema, mas ele está ali, invisível para uns, completamente visível para outros. Acredito muito que o trabalho de uma equipe imprima na tela, e o do AD está fortemente ali, quando esse profissional tem personalidade”, declarou Kity.
b_arco: Porque você optou pelo cinema?
KF: Não sei se existe a simples possibilidade de optar. Existe a sua essência, que te leva a realizar o que você precisa, o que te satisfaz. Acredito que optar por algo, de uma forma racional, e não instintiva, não te levará a lugar algum. Principalmente nesse universo chamado Arte, onde precisamos da paixão para nos movimentarmos.
Sempre fui fascinada por Fotografia. Essa arte é a verdadeira responsável por me levar até o Cinema. Imagens e Palavras sempre me transportaram para lugares, longe de qualquer tempo e espaço. E isso, para quem gosta de sonhar, é imprescindível. O Cinema, praticamente era o resultado desse sonho. Então naturalmente foi o caminho que segui. A imagem, somada a uma história, resultava nessa arte. Pura matemática.
b_arco: Na produção de filme, a Assistência de direção é um função nova no Brasil?
KF: A função Assistente de Direção, não é daquelas que se impôs de uma maneira evidente desde o início do cinema, como o Operador de Câmera. Com a chegada do Cinema Sonoro nos início dos anos 30, e com a complexidade técnica que veio com ele, o Braço Direito do Diretor, de “ajudante submisso”, passou a ser um verdadeiro colaborador técnico. Passou de Assistente do Diretor a um Assistente de Direção, responsável por um departamento, por uma equipe.
O Cinema é uma arte muito técnica, muito estratégica, que reúne um número grande de pessoas para ser realizada, sem falar da parte criativa que tem suas peculiaridades justamente por causa de todo esse tamanho. Então, o papel do AD que é ligado a parte criativa, técnica, estratégica e humana, é essencial para que essa obra não perca o rumo. O AD, colaborador imediato do Diretor, é o cara que ajuda o filme a sair do papel. Traduz para a equipe, o que está dentro da cabeça do Diretor. Não imagino o Cinema, sem essa função.
b_arco: E como é mercado para essa função, aqui?
KF: O Cinema é uma arte nova, e aqui no país vem ganhando o seu espaço. E como nossos técnicos são de primeiríssima linha, o mercado vem acompanhando os passos desse profissionalismo. Cresce. Tanto para esta função de AD, como para todas as demais.
Bons profissionais tem sempre seu lugar, me refiro aos apaixonados, focados, éticos e competentes.
b_arco: Você poderia nos falar do que se trata o Cinema Invisível?
KF: Cinema Invisível, é uma metáfora que uso para chamar o trabalho do Assistente de Direção. Função que você não vê diretamente na tela, ao sentar em uma sala de cinema, mas ele está ali, invisível para uns, completamente visível para outros. Acredito muito que o trabalho de uma equipe imprima na tela, e o do AD está fortemente ali, quando esse profissional tem personalidade.
b_arco: No curso que vai ministrar no b_arco qual é o público alvo?
KF: O Público alvo do curso CINEMA INVISÍVEL, é qualquer pessoa interessada em entender como o filme sai do papel. Marcela Lordy e eu, através do Ponto de Vista do Assistente de Direção, que é o foco do Curso, contamos a jornada desde o Roteiro até a Filmagem, que é onde o Assistente de Direção age diretamente.
Diretores, Produtores, Assistentes de Direção iniciantes, Curiosos, pessoas que ainda não definiram sua função no Cinema, Pessoas de outras áreas, esse tem sido nosso público nos últimos cursos. Entender o caminho, pelos olhos de um Assistente de Direção, é entender como a engrenagem funciona.
Saiba mais sobre o curso aqui.
Kity Féo é graduada em Cinema na FAAP e trabalha como 1ª Assistente de Direção em Cinema, Seriados e Publicidade. Entre os longas que participou estão: Narradores de Javé de Eliane Caffé, All the invisible Children de Katia Lund, O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias de Cao Hamburger, A Festa da Menina Morta de Matheus Nachtergaele, O Palhaço de Selton Mello, Cara ou Coroa de Ugo Giorgetti, Billi Pig de José Eduardo Belmonte, Entre Vales de Philippe Barcinsky, Os Penetras de Andrucha Waddington e Serra Pelada de Heitor Dhalia
Cinema Invisível
6 e 7 de dezembro
Horários:
Sábado e domingo, das 10h às 13h e das 14h30 às 17h30
b_arco
Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 426 | Pinheiros | São Paulo | SP
Estacionamento ao lado
Informações. 11 3081-6986