O que a narração tem a ver com ponto de vista para gerar histórias coesas e fortes? Professora do curso “Narrativa Audiovisual”, comenta o recurso da narração do filme Barton Fink, dos irmãos Coen, que será analisado nas aulas.
Uma das questões mais complexas no audiovisual é a narração. Vale lembrar que a narratologia é uma matéria bastante cabeçuda, surgiu aplicada aos Estudos Literários e diz respeito ao modo como as histórias são contadas: o ponto de vista, a estrutura, a voz, etc.
A principal diferença entre o texto literário e o audiovisual é que ao ler um livro, as palavras nos levam a gerar uma imagem mental. O texto fílmico já vem pronto, e aí a coisa complica: você pode ter um filme com uma narração na primeira pessoa (por exemplo uma voz off),e a câmera assumir uma posição omnisciente. Isso porque os filmes trabalham com um certo embaralhamento de pontos de vista que são construídos pela somatória da visão da câmera, do som, etc.
“Barton Fink” (Ethan Coen e Joel Coen, 1991) é uma obra muito interessante para estudar algumas questões da narração no audiovisual pelas estratégias por meio das quais somos convidados a entrar na subjetividade do protagonista- o dramaturgo Barton Fink, interpretado por John Torturro.
Este e outros filmes serão analisados nas aulas do curso regular “Narrativa Audiovisual”, que começa ainda em agosto de forma online. Para compreender o funcionamento da narrativa no cinema, é muito importante entender os meios de apresentar um ponto de vista. Utilizando imagem, som, a construção de cenas e a montagem. Os cursos regulares do b_arco são pensados para possibilitar o desenvolvimento da sua ideia. Neste formato, os cursos têm maior duração e aprofundamento, com encontros semanais através de videoconferência, possibilitando o desenvolvimento de projetos e o acompanhamento mais próximo dos professores.
Ainda dá tempo de se inscrever, acesse o link e confira o programa completo do curso em: http://barco.art.br/eventos/narrativa-audiovisual/
