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Fazer cinema é transmitir sensações e se autotransformar

  • 17 de outubro de 2012

Philippe Barcinski faz cinema desde os 14 anos. 26 anos depois, é diretor, roteirista, produtor, professor, e um dos grandes nomes do cinema brasileiro contemporâneo.  Ele ministrou um curso intensivo de quatro aulas aqui no b_arco, de 29 de outubro a 1 de novembro de 2012.

 

Seu segundo longa-metragem, Entre Vales, com Ângelo Antônio e participação especial de Daniel Hendler, terá lançamento nacional no segundo semestre de 2013. No início de outubro, o filme foi exibido na Première Brasil do Festival do Rio 2012, e vem recebendo boas críticas na imprensa. O primeiro longa, Não Por Acaso, com Rodrigo Santoro e Leonardo Medeiros, produzido por Fernando Meirelles, foi visto por 120 mil espectadores do Brasil e recebeu 12 prêmios – incluindo Silver Hugo na sessão New Directors do Festival de Chicago, e Alfred Sloan Award no Sundance Screenwriter’s Lab.
Em conversa com a nossa equipe de comunicação, Barcinski fala um pouco sobre a presença da sétima arte em sua vida, e diz que fazer cinema é transmitir sensações num caminho de profundo autoconhecimento. Confira:

b_arco. Como o cinema entrou na sua vida?
P.B. Comecei a trabalhar muito cedo e o primeiro filme que eu fiz foi em 1986. Eu tinha 14 anos. Chamava-se Leila Diniz, de Luiz Carlos Lacerda. Então, com 14 anos eu já estava em um set profissional. E eu já pensava em cinema desde antes disso. Desde os 10… 12 anos.
Meu pai era amigo de infância e estudou junto com o ator Arduíno Colassanti, que foi uma figura importante no Cinema Novo, era amigo do “Bigode” (apelido de Luiz Carlos Lacerda) e também da Leila Diniz, e eu acabei parando nesse set de filmagem. Meu pai sempre me deu muito apoio para eu buscar fazer o que quisesse. Ele é polonês, emigrado para o Brasil, passou a guerra na Polônia, sofreu muitas privações e, com esse senso de urgência da guerra, incutiu nos filhos a necessidade de trabalhar e de fazer o que se quer e gosta.
 
b_arco. O pequeno Barcinski sonhava acordado? Ainda sonha?
P.B. Sonhava acordado. E ainda sonho. Sobre os trabalhos que fiz, os filmes todos, curtas e longas, mais do que uma história, eles partem de uma sensação. Do desejo de passar uma sensação. Acho que isso tem um pouco a ver com o sonho, e com uma abordagem sensorial das coisas.
 
b_arco. Quem são os seus mestres?
P.B. Na minha primeira fase de cinéfilo, eu era muito grudado em cineastas que filmavam situações de transtorno dos personagens, então os primeiros filmes do Polanski foram muito fortes pra mim. Kubrick também sempre foi e é muito forte pra mim.
Hoje em dia, eu admiro um cinema que tem isso, mas que tem também uma pegada com uma dramaturgia mais sutil e humanista. Sem hiperdramatização. Cinema contemporâneo mesmo. Gosto muito dos irmãos Dardenne, da Lucrecia Martel, e do Pablo Trapero. E também dos construtores de imagens e de climas, como o turco Nuri Bilge Ceylan, e do Gus Van Sant. Pessoalmente são esses que me tocam mais, hoje.
 
b_arco. Como você percebe o mercado de audiovisual brasileiro de hoje, em relação ao de quando começou a trabalhar na área?
P.B. Sem dúvida, é muito melhor hoje em dia. Quando eu estava na faculdade de cinema, o Brasil produzia um ou dois longas por ano. Eu lembro que havia jornalistas que faziam pautas de “quem eram aqueles loucos estudando cinema num país sem cinema”. E hoje o Brasil produz mais de cem títulos por ano. Evidentemente, a competição é muito maior, e o mercado está se configurando de um jeito muito agressivo. É o tal do conceito da cauda longa: por um lado você tem uma centralização muito grande em poucos títulos e, por outro, um volume de produção muito grande com muitos títulos que são pouco vistos na hora em que ficam prontos. Mas ao longo do tempo eles acabam encontrando o seu lugar nessa economia, onde tudo é acessível a qualquer momento. Nesse momento de mudança de paradigma dos modelos de distribuição e de consumo audiovisual, o mercado é amplo e está muito aquecido.
 
b_arco. O que tem agradado ao público brasileiro, ultimamente?
P.B. Na verdade, cada momento histórico tem uma tendência a ter um certo tipo de filme que vai de encontro com os desejos das pessoas. Em termos de mercado, no Brasil, o que está acontecendo são as comédias.  As comédias mais populares possíveis. Eu torço pelo sucesso de qualquer filme, porque isso é bom para o cinema como um todo, mas fico muito feliz quando filmes que tem algum grau de sofisticação conseguem atingir o público. O Palhaço é um filme que acabou de ganhar todos os prêmios do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e eu acho que é um filme incrível, que vai de encontro com alguns anseios do Brasil contemporâneo. Tem nostalgia e ao mesmo tempo um certo ar de felicidade, mas com uma melancolia por trás. Eu acho que O Palhaço é um filme muito feliz.
 
b_arco. Qual o seu maior aprendizado profissional até aqui?
P.B. Eu fiz cinco curtas, dois longas, e cada um sempre foi um pouco o desenvolvimento a partir das experiências anteriores. Acho que tem uma trajetória aí. Se você pegar os filmes e entender por onde eu fui indo… então, realmente é o caminho de uma pesquisa pessoal mesmo.
 

b_arco. De que maneira esse aprendizado transformou o Philippe Barcinski?
P.B. Uma vez, conversando com o Waltinho Carvalho (fotógrafo que fez a fotografia do meu novo filme), sobre por que fazer cinema, ele falou que fazia cinema para se conhecer melhor. E, realmente, o cinema é uma atividade muito intensa e um tanto violenta com as pessoas. Porque é de uma intensidade… a vida toda gravita em torno disso, quando você está  fazendo um filme. E te coloca em situações extremas mesmo, de tudo: de concentração, de relacionamento com o seu entorno, de visão de mundo, e de autoconhecimento. Então, é uma jornada muito intensa o ofício de fazer longas-metragens de ficção. Esses processos, evidentemente, transformam a gente.
 
 
 
 

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