Fabrício Licursi é ator, bailarino, diretor de movimento e iluminador. Nos últimos anos, vem investigando a perspectica coreográfica a partir de técnicas corporais somáticas, transitando pelo teatro, dança e cinema.
Em outubro, Fabricio ministra o curso Topografias Corporais, onde busca trabalhar a preparação de atores, dançarinos, performers e todo interprete que possui o corpo como ferramenta de expressão. A perspectiva pela qual Fabricio avança as aulas parte da Educação Somática, uma metodologia onde o eixo do movimento do corpo é correlacionado ao nosso modo de viver, agir e sentir, ao invés de se ter uma visão puramente mecânica da articulação física.
Dentre suas últimas atuações, Fabricio assina a direção de movimento das peças “Um bonde chamado desejo” e “Gota d’água [a seco]”, ambas dirigidas por Rafael Gomes, e “Sísifo”, dirigida por Vinicius Calderoni.
Em “Um bonde chamado desejo”, Fabricio realizou um trabalho de mesa onde, ao olhar para os personagens, conseguia elencar qualidades físicas, fisiológicas e anatômicas que se associam a elementos essenciais dessas personas. Na cena entre Blanche e Mitch, Blance se associa à qualidade de tecido epitelial para representar a personagem na fronteira do que está dentro e fora dela, e Mitch relaciona-se à gravidade pelo seu peso, real e subjetivo. Através do improviso e da experimentação através da dança e da manipulação do espaço, é possível colecionar gestos que intensificam a relação entre os dois personagens na cena.
“Gota d’água [a seca]”, indicada ao prêmio Reverência de Melhor Coreografia, é uma peça musical onde Fabricio levou, para os atores, a relação entre dança, kinesthesia e propricepção para elucidar o gosto pelo movimento do corpo e, a partir disso, a movimentação do espaço – construído e reconstruído pelos personagens a cada passo do espetáculo. Seu trabalho mais recente é direção de movimento da peça “Sísifo”, escrita por Gregorio Duvivier e Vinicius Calderoni. Este espetáculo fala sobre topografias, assunto pelo qual Fabricio mais tem se interessado, e a geografia que o corpo em cena vai formando no espaço – são 60 saltos de cena que Gregório Duvivier apresenta num tablado diagonal.
Esses são alguns exemplos práticos que Fabricio utilizará para ilustrar as técnicas de desenvolvimento pautadas no conhecimento sensorial e metodológico do curso “Topografias corporais”. A turma começa no dia 23 de outubro – fique de olho, são poucas as vagas restantes! Clique aqui e saiba mais.
Topografias corporais
23 de outubro a 13 de novembro
Quartas, das 19h30 às 22h30
b_arco
Rua Dr Virgilio de Carvalho Pinto, 426 – Pinheiros, São Paulo
Próximo da estação Fradique Coutinho do Metrô
Estacionamento ao lado