Alice Alves ministra o curso Produção de Moda e Figurino para Cinema e Televisão nos dias 18 e 25 de outubro, e 1º e 8 de novembro, das 19h30 às 22h30.
Durante as 12 horas de aula, Alice aborda as principais áreas de atuação do produtor de moda e figurino, e as diferenças entre mercado editorial, publicitário, cinematográfico e televisivo.
Em conversa recente com a equipe de comunicação do b_arco, Alice Alves contou algumas curiosidades sobre sua vida e trajetória profissional.
Confira:
b_arco. Qual era sua brincadeira preferida, quando criança?
A.A. Eu adorava jogar taco.
b_arco. Você gostava de bonecas e roupinhas? E de se arrumar com as roupas e maquiagens da sua mãe?
A.A. Adorava! Minha mãe fazia roupas iguais para mim e para as minhas bonecas. E eu também brincava muito com as meias de lurex que as minhas irmãs tinham da época de Dancin’ Days.
b_arco. Você gostava de desenhar? Desenhava bem?
A.A. Gostava de desenhar, mas não desenhava bem não.
b_arco. Como e quando foi o seu primeiro contato com moda?
A.A. Eu comecei a trabalhar em loja de roupa aos 15 anos, em Ubatuba, minha cidade natal.
b_arco. Quando você percebeu que queria trabalhar com moda, e produção de figurino?
A.A. Percebi no segundo longa-metragem em que estava trabalhando (Deus é Brasileiro). Eu trabalhava como assistente de um Chef de Cozinha. Gostei de fazer Cinema, mas percebi que não iria crescer na área de alimentação. Então, pedi à figurinista do filme, Karla Monteiro, que me desse um estágio em figurino, numa próxima oportunidade.
b_arco. Como foi o seu primeiro trabalho nesse meio? Alguém indicou, ajudou, ou você batalhou sozinha? Qual foi a sensação, no início?
A.A. A Karla Monteiro falou para eu ir ao Rio que ela me arrumaria estágio. Cheguei num domingo, e na terça a Karla me apresentou à Marília Carneiro, na época figurinista da novela O Clone. Assim, eu comecei a estagiar na novela. A sensação foi ótima porque eu vi que gostava mesmo de trabalhar com figurino, e estar numa novela das oito, bombando de repercussão por causa do figurino, foi o máximo. Acabei a novela numa sexta, e na segunda-feira já comecei a estagiar com o figurinista Marcelo Pies, no longa-metragem Redentor.
b_arco. Você teve algum professor que marcou sua vida?
A.A. Eu tive muitos professores que marcaram a minha vida, desde o ensino fundamental até a faculdade. Fica difícil falar de um nome só.
b_arco. Qual é a sensação de trabalhar com produção de figurino, 10 anos depois?
A.A. A sensação é ótima! Hoje, com o conhecimento que conquistei na área, tudo fica mais fácil e rápido porque tenho o olhar treinado para escolher as roupas e acessórios necessários e fazer um bom trabalho.
b_arco. Quem é ou quem são seus principais mestres/ inspirações nesse meio?
A.A. Fora do Brasil, a Milena Canonero e a Sandy Powell, e no momento a Janie Bryant, figurinista de Mad Men. No Brasil, Marília Carneiro e Verônica Julian, figurinistas com muito talento e bom gosto.
b_arco. Qual o seu maior aprendizado profissional nesse tempo todo?
A.A. Não dá para mencionar um aprendizado apenas, como sendo o maior, pois tive vários aprendizados durante a minha carreira. Aprendizados de vida e também profissionais.
b_arco. De que maneira esse (s) aprendizado (s) compõe (m) a “pessoa” Alice Alves?
A.A. Esses aprendizados transformaram a pessoa em Alice Alves.
b_arco. Como você percebe o mercado brasileiro de produção de figurino hoje, em relação ao de 10 anos atrás?
A.A. Hoje, o mercado da moda cresceu muito, e os de produção editorial, publicitária e cinematográfica também, e isso facilita muito o trabalho do produtor de figurino. Há 10 anos, não existiam tantas lojas boas para produzir. Hoje, por exemplo, você pode ir ao Mega Polo Moda no Brás e encontrar roupas de qualidade.
b_arco. Além de produção de figurino, o que mais faz a sua cabeça?
A.A. Produção de evento. Sou formada em Relações Públicas e gosto muito de fazer eventos. Gosto de trabalhos dinâmicos.